JORNAL TOCANTINS

Tragédia no Tocantins: Ponte Juscelino Kubitschek desaba, deixando vítimas fatais e desaparecidos

No domingo, 22 de dezembro de 2024, uma tragédia abalou o norte do Brasil. A ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, localizada na BR-226 e que conecta as cidades de Aguiarnópolis, no Tocantins, e Estreito, no Maranhão, desabou por volta das 14h50. O colapso resultou na queda de pelo menos dez veículos no rio Tocantins, entre eles quatro caminhões, quatro carros de passeio e duas motocicletas.

Até o momento, foram confirmadas quatro mortes: uma mulher de 25 anos, uma criança de 11 anos, um homem de 42 anos e uma mulher de 45 anos. Outras 14 pessoas continuam desaparecidas, incluindo duas crianças. As equipes de resgate enfrentam desafios significativos nas buscas devido à presença de cargas perigosas nos veículos submersos, como 76 toneladas de ácido sulfúrico e 22 mil litros de defensivos agrícolas, que representam riscos tanto à saúde quanto ao meio ambiente.

A ponte, construtída na década de 1960, já apresentava sinais de deterioração há anos. Moradores e autoridades locais vinham alertando para as condições precárias da estrutura. Em maio de 2024, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) lançou um edital no valor de aproximadamente R$ 13 milhões para obras de reabilitação, mas nenhuma empresa se candidatou ao certame.

Com o desabamento, o tráfego na região foi severamente impactado, prejudicando o transporte de produtos agrícolas e a mobilidade entre os estados do Tocantins e Maranhão. Para mitigar os transtornos, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) divulgou rotas alternativas pelas rodovias TO-126, TO-201 e BR-230.

Em resposta à tragédia, o Ministro dos Transportes, Renan Filho, anunciou a reconstrução da ponte dentro de um prazo de um ano, com um investimento estimado entre R$ 100 e R$ 150 milhões. Uma situação de emergência foi decretada para agilizar os trâmites necessários às obras e às ações de resgate.

As investigações para determinar as causas do desabamento continuam em curso, enquanto a população local permanece em estado de choque. Os moradores lamentam as perdas humanas e os graves transtornos causados por esta tragédia de grandes proporções.